(Jean Graton)


Peço desculpa por este post esquisito, mas vai ter de ser, é que estar longe de casa tem destas coisas. Não sei por carga de água me lembrei disto, mas é uma das lembranças de infância que ainda guardo (pelos vistos) e soube-me bem lembrar, porque é mágico. Falo dos livros de banda desenhada de Jean Graton mais concretamente de Michael Vaillant. Faz parte do meu imaginário, estava sempre agarrada aos livros de bd dos anos 60 do meu pai, autênticas relíquias nos dias de hoje, mas naquela altura à falta de papel, lá fazia uns rabiscos na cara das personagens, não tendo noção do seu real valor. Uma das coisas que me fascinava dos livros do Michael Vaillant, não era propriamente as histórias (sim, porque nunca fui fã de corridas de carros), mas sim pelo facto de achar o Michael Vaillant um jeitoso de primeira e curiosamente achar também que era parecido ao meu pai. Com aquele caracol na testa e tudo! Enfim, devorei todos os livros que o meu pai lá tinha em casa e isso posso comprovar com o estado lastimoso que se encontram hoje em dia. E há falta da minha biblioteca lá de casa, tentei pesquisar uma capa de um livro que eu tivesse e achei este Les chevaliers de Konigsfeld, que confesso, sempre tive um bocado de medo (mas acho que o meu tinha um fundo amarela, mas enfim). O autor, Jean Graton, nasceu em 1926 e antes de se tornar conhecido pelas suas bds, trabalhou como designer industrial e como publicitário, tendo em 1957 criado esta personagem. Quando voltar para Lisboa vou fazer o obséquio de "scannar" os meus livros originais para todos apreciarmos estas belas obras. Mas como agora não dá muito jeito fazer 6000 km, fico por esta imagem.