Rufus Wainwright na casa das artes

Um fim de semana memorável. Como já tinha anunciado aqui , lá fui eu de malas aviadas para Famalicão, para assistir aos 2 dias de espectáculo de Rufus Wainwright. Exagero? Não, puro deleite! Para mim fez todo o sentido estar presente nos 2 dias, pois Rufus apresenta 2 espectáculos diferentes, com interpretações diferentes, alinhamentos diferentes e ainda...indumentária diferente. Foram 2 espectáculos a solo, a piano e guitarra acústica, onde Rufus aproveitando um ambiente mais intimista, tocou músicas como Danny Boy, Foolish Love, Grey Gardens, Sanssouci, Peach Tree entre outras. Claro que, quando conhecemos as músicas com os arranjos musicais que uma banda pode proporcionar, há sempre aquela vontade de ouvir uma back voice ou um violino aqui e além, mas acaba por ser uma experiência intimista onde os olhos (e os ouvidos) ficam vidrados naquela figura esguia e na sua voz e onde não se dá pelas horas passar. Quer-se sempre mais e mais. E esse "querer mais" proporcionou 3 encores terminando, nos 2 concertos, com Complainte de la Butte (para ver se conseguia vender mais discos em França, como ele próprio referiu). Deu a conhecer 3 novas músicas: "Who are you NY" (uma espécie de reconcialização com os Estados Unidos, depois de "Going to a Town"), "Zebulon" e "A woman's face with nature's own hand" (esta música é uma interpretação do soneto nº20 de William Shakespeare, que podem ler aqui. E para terminar, uma prendinha e recordação deste fim de semana: A set list do dia 29, Domingo.